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Apple apresenta novos MacBooks e Mac mini com chip Apple Silicon ‘M1’

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Como já era esperado, a Apple apresentou hoje (10) sua nova linha de Macs com chip Apple Silicon no lugar dos processadores Intel. A mudança já havia sido confirmada em junho deste ano na WWDC 2020 e agora a empresa finalmente revelou quais são seus primeiros computadores com os processadores de arquitetura ARM.

O que é Apple Silicon?

Apple Silicon é o nome que a Apple dá aos seus próprios processadores de arquitetura ARM, que já equipam dispositivos como o iPhone, iPad, Apple Watch e Apple TV há muitos anos. Ao contrário dos processadores Intel, que eram utilizados nos Macs, os chips de arquitetura ARM costumam ser mais poderosos e eficientes.

Isso significa que, com o a tecnologia ARM, os dispositivos conseguem ser mais rápidos e ainda sim consomem menos energia — e é justamente por isso que essa tecnologia foi adotada no iPhone, por exemplo. Agora, a Apple decidiu trocar os processadores Intel dos Macs por seus próprios chips Apple Silicon.

Chip M1

Enquanto os chips da Apple no iPhone e iPad são batizados com a letra “A”, como por exemplo o A14 Bionic do iPhone 12 e iPad Air de quarta geração, a Apple optou por criar uma nova linha de chips dedicada ao Mac. Neste caso, o primeiro chip Apple Silicon que equipará os Macs é o “M1”.

O M1 funciona essencialmente como um processador de iPhone ou iPad, porém é mais otimizado para tarefas pesadas que normalmente são feitas em um computador. Ao contrário dos computadores convencionais que possuem vários componentes separados, o M1 é um System-on-a-Chip (ou SoC) que reúne CPU, GPU, memória RAM e armazenamento em um único componente.

O chip M1 foi construído usando tecnologia de 5 nanômetros e conta com 16 bilhões de transistores. Em outras palavras, o M1 é extremamente pequeno — o que aumenta sua eficiência energética — e ao mesmo tempo muito potente. O processador conta com oito núcleos, sendo quatro núcleos de alta performance usados para tarefas mais pesadas e mais quatro núcleos de baixa energia para tarefas leves.

O processador gráfico também foi melhorado consideravelmente e conta com oito núcleos, assim como a CPU do M1. A performance melhorou tanto que, segundo a Apple, os Macs com chip M1 podem ser utilizados com monitores externos de resolução 6K por meio da conexão Thunderbolt e conseguem até mesmo editar vídeos em 8K.

A empresa disse que os novos Macs com M1 chegam a ser três vezes mais rápidos em performance de processamento e até seis vezes mais rápidos em desempenho gráfico se comparados aos modelos da geração passada com processador Intel.

Além de tudo isso, por ser baseado nos processadores do iPhone e iPad, o chip M1 permite que os usuários instalem aplicativos criados para iPhone e iPad no Mac — algo inédito até então. Um único aplicativo agora é capaz de funcionar no iOS, macOS, tvOS e watchOS.

MacBook Air

O MacBook Air foi o primeiro computador da Apple a receber o chip M1 durante a apresentação especial. Por fora, o notebook continua com o mesmo design de antes, que inclui o corpo com espessura mais fina nas pontas e tela Retina de 13 polegadas.

Dessa vez, porém, a Apple aproveitou para aprimorar a qualidade do painel utilizado no MacBook Air, que agora conta com suporte para ampla gama de cores (DCI-P3). Até então, isso estava disponível apenas no MacBook Pro e no iMac.

Graças ao novo chip mais eficiente, a nova geração do MacBook Air oferece até 18 horas de duração da bateria com reprodução de vídeo em uma única carga. Até então, a Apple prometia uma autonomia entre 8 e 10 horas de uso.

Outro detalhe interessante é que, como o chip M1 consome menos energia, ele também tende a esquentar menos e também não deve sofrer perda de desempenho constantes em altas temperaturas. Por isso, a Apple removeu a ventoinha do MacBook Air para deixar a máquina totalmente silenciosa.

Além disso, os modelos lançados agora contam com suporte para redes Wi-Fi 6, que são mais rápidas e estáveis. O usuário também irá encontrar no MacBook Air duas conexões USB-C com Thunderbolt, trackpad com Force Touch e teclado Magic Keyboard com Touch ID.

O novo MacBook Air pode ser adquirido em dois modelos diferentes, sendo um deles com processador gráfico de sete núcleos e 256GB de armazenamento interno. Já o outro conta com processador gráfico de oito núcleos e 512GB de armazenamento interno. Ambos são vendidos com 8GB de memória RAM, mas é possível optar por 16GB ao comprá-los no site da Apple.

Nos Estados Unidos, o novo MacBook Air já pode ser adquirido por preços a partir de US$999 (cerca de R$5.380 em conversão direta sem taxas). No Brasil, embora a Apple ainda não tenha confirmado a data de lançamento, os valores começam em R$12.999.

MacBook Pro de 13 polegadas

O MacBook Pro com tela Retina de 13 polegadas também foi atualizado com chip M1 no lugar do processador Intel. E assim como o MacBook Air, a nova geração do MacBook Pro continua com o mesmo design de laterais retas por fora.

As principais diferenças entre o MacBook Air e o MacBook Pro com chip M1 ficam por conta de quatro aspectos: Touch Bar, bateria, ventoinha e microfones. A Touch Bar, que é aquela faixa de tela sensível ao toque posicionada acima do teclado, continua sendo um recurso exclusivo do MacBook Pro e foi mantida nos modelos de 2020.

Enquanto o MacBook Air oferece até 18 horas de autonomia de bateria, esse número chega até 20 horas com a bateria ainda maior do novo MacBook Pro de 13 polegadas com chip M1. Embora o processador seja o mesmo entre os dois computadores, o MacBook Pro continua com uma ventoinha para melhor refrigeração.

Na prática, isso significa que a linha Pro deve manter melhor o desempenho mesmo quando a máquina esquentar durante a realização de tarefas pesadas. A Apple também aprimorou os microfones embutidos do MacBook Pro, que agora oferecem “qualidade de estúdio” assim como os modelos de 16 polegadas.

O novo MacBook Pro também conta com Wi-Fi 6, duas conexões USB-C com Thunderbolt, trackpad Force Touch e teclado Magic Keyboard com Touch ID.

A versão mais simples do novo MacBook Pro conta com 256GB de armazenamento interno e 8GB de memória RAM. Nos Estados Unidos, o novo MacBook Pro já pode ser adquirido por preços a partir de US$1.299 (cerca de R$6.999 em conversão direta sem taxas). No Brasil, embora a Apple ainda não tenha confirmado a data de lançamento, os valores começam em R$17.299.

Mac mini

Por fim, até mesmo o Mac mini foi atualizado com chip M1 da Apple. A empresa já havia apresentado em junho um Mac mini customizado com o chip A12Z Bionic do iPad Pro, mas a máquina era destinada apenas para desenvolvedores adaptarem seus aplicativos para a plataforma Apple Silicon.

O novo Mac mini também continua com o mesmo visual compacto de antes, só que agora na cor prata ao invés de cinza espacial. Além do chip M1, o Mac mini também foi atualizado com suporte para o Wi-Fi 6. Sua principal vantagem em relação aos outros Macs é a presença de conexões HDMI 2.0, Ethernet e duas portas USB-A além de mais duas conexões USB-C com Thunderbolt.

Nos Estados Unidos, a versão de entrada do Mac mini com 256GB de armazenamento interno e 8GB de memória RAM custa US$699 (aproximadamente R$3.764). Já no Brasil, o mesmo modelo será lançado por R$8.699. Os clientes podem personalizar a máquina com 16GB de memória RAM e maior armazenamento interno ao comprá-la no site da Apple.

Mais informações sobre os lançamentos de hoje estão disponíveis no site oficial da Apple.

Sobre o autor

Filipe Espósito é jornalista especializado em tecnologia. Criou o iHelp BR em 2009 para compartilhar dicas sobre dispositivos Apple e hoje também utiliza o espaço para cobrir notícias de tecnologia em geral. Atualmente também é editor do site especializado 9to5Mac.