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Steve Jobs detona Android, BlackBerry e tablets de sete polegadas.

Este artigo foi publicado há mais de 4 anos. Algumas informações podem estar desatualizadas e sem validade para os dias atuais.

SAN FRANCISCO – O presidente-executivo da Apple, Steve Jobs, foi para a ofensiva nessa segunda-feira após uma rara frustração com a queda no valor de suas ações, mas nem o tom ácido reverteu o sentimento do mercado. Jobs, que não falava com investidores durante anúncio de lucros há dois anos, detonou as rivais Google e Research in Motion e desdenhou dos tablets menores que serão lançados por empresas como Samsung e Dell.

 

 

– A atual geração de tablets de sete polegadas vai morrer na fonte – disse Jobs na conferência com analistas – Eles são grandes demais para competir com smartphones e pequenos demais para competir com o iPad.

No mercado de tablets, Jobs disse que existem “alguns iniciantes com credibilidade”, mas que os rivais não terão como competir com os preços do iPad, cujo modelo mais barato custa US$ 499 nos EUA. Alguns analistas concordam com ele e acreditam que as vendas do iPad devem explodir ano que vem, quando ele chegar a mais países e lojas de varejo, como o Wall-Mart.

O CEO da Apple também criticou o sistema operacional Android, do Google, segundo ele muito “fragmentado” e não tão aberto quando o Google gosta de dizer.

O Google adora caracterizar o Android como ‘aberto’ e o iOS do iPhone como ‘fechado’. Achamos isso um pouco dissimulado e uma maneira de esconder as diferenças entre as duas abordagens

– O Google adora caracterizar o Android como ‘aberto’ e o iOS do iPhone como ‘fechado’. Achamos isso um pouco dissimulado e uma maneira de esconder as diferenças entre as duas abordagens. O Android é muito fragmentado. A HTC e a Motorola instalam interfaces diferentes para diferenciar a experiência do Android. O usuário fica perdido. Compare isso com o iPhone, em que todos os aparelhos são iguais.

As ações da Apple caíram 6%, a maior perda desde 2008. Problemas de abastecimento e gargalos de produção deixaram longe das lojas o iPad – o tablet de 9,7 polegadas da Apple -, fazendo com que alguns consumidores precisassem aguardar semanas pelo produto. A empresa vendeu 4,19 milhões de iPads no terceiro trimestre.

– Foi uma pequena frustração. Esperava-se algo perto dos cinco milhões. O problema é o abastecimento, eles não conseguem produzir o bastante – disse o analista Brian Marshall, da Gleacher & Co.

O mercado espera que esses números cresçam perto do fim do ano, conforme a Apple resolve os gargalos de produção. A receita bruta acabou ficando aquém do esperado uma vez que os iPads, que têm margem de lucro menor que o iPhone, teve uma maior proporção nas vendas da Apple.

Os investidores esperavam mais de uma empresa que tem superados os objetivos de Wall Street nos últimos oito trimestres. As margens brutas, no entanto, ficaram em 36,9%, contra uma expectativa de 38,2%.

– O único problema está nas margens, o resto está ótimo – disse o analista da Gartner Van Baker.

O iPhone 4 teve resultado positivo, apesar de toda a polêmica em torno de problemas na antena. A Apple vendeu 14,1 milhões de smartphones, um aumento de 91%. A empresa diz que a demanda ainda supera a oferta, com o iPhone disponível em 89 países. Jobs não deixou de notar que o iPhone superou o BlackBerry, da RIM, no último trimestre.

– Não vejo eles nos alcançado no futuro próximo – disparou.

 

Sobre o autor

Filipe Espósito é jornalista especializado em tecnologia. Criou o iHelp BR em 2009 para compartilhar dicas sobre dispositivos Apple e hoje também utiliza o espaço para cobrir notícias de tecnologia em geral. Atualmente também é editor do site especializado 9to5Mac.