10 anos após Steve Jobs apresentar ao mundo o primeiro iPhone, os fiéis consumidores da marca se perguntavam o que a Apple faria para comemorar a primeira década do smartphone. E após os inúmeros rumores e vazamentos de informações, o iPhone X finalmente ganhou vida.
A Apple diz que este é o “futuro do celular”, mas o preço cobrado por este conceito é para poucos. O mais caro telefone já lançado pela empresa, e provavelmente com o maior valor entre os concorrentes, despertou a curiosidade de muitos por suas mudanças radicais. Mas será que vale a pena mesmo? Após utilizar o aparelho por quase seis meses, venho aqui compartilhar a minha experiência.
As opções
Por ser praticamente uma edição especial, o iPhone X não está disponível em várias opções como outras gerações do smartphone da Apple. Enquanto o iPhone 7, por exemplo, é vendido em cinco opções de cores, o iPhone X só pode ser adquirido em branco (com a lateral cromada e a frente preta) e em cinza espacial (completamente escuro). O usuário também pode optar entre o armazenamento interno de 64GB ou 256GB, não sendo possível expandir posteriormente.
Eu escolhi o modelo de 64GB na cor cinza espacial. Embora já tenha me sentido tentado a comprar um celular de cor diferente, os meus iPhones sempre foram pretos (ou cinza espacial, como a Apple tem chamado há alguns anos), então decidi seguir a tradição. Sinto que o aparelho todo escuro fica com um toque mais “premium”, se assim posso dizer.
Sobre a memória, o meu iPhone anterior já tinha 64GB de armazenamento e eu nunca usei tudo isso, então não achei necessário comprar o modelo com 256GB. Mas se você já sabe que possui muitos arquivos, jogos ou guarda muitas fotos e vídeos no celular, é melhor gastar mais para adquirir a versão maior.
O que tem na caixa?
A primeira experiência de um produto sempre começa pela caixa dele, e a caixa do iPhone X praticamente não traz novidades em relação aos modelos anteriores. O exterior da caixa já revela a principal mudança no celular: a tela quase sem bordas e o famoso recorte no topo.
Dentro dela está o aparelho, um cabo Lightning para USB comum, adaptador de tomada de 5W, fones de ouvido EarPods com entrada Lightning e, para a minha surpresa, a Apple continua enviando junto aos iPhones um adaptador para fones de ouvido, já que a antiga entrada P2 foi removida ainda no iPhone 7.
Ainda na caixa, há também um envelope com a chave para abrir a gaveta do chip, adesivos da Apple, um pequeno manual de instruções sobre o Face ID e os novos gestos do sistema e a documentação do celular.
Um novo visual para o iPhone
Eu fiquei impressionado assim que segurei o iPhone X em minhas mãos pela primeira vez. Em resumo, o aparelho é lindo. Após utilizar alumínio durante anos, a Apple decidiu voltar atrás e adotou novamente o vidro na construção dos novos iPhones. Nas laterais, há uma estrutura feita com o mesmo aço inoxidável utilizado nos modelos mais caros do Apple Watch.
O vidro e o aço inoxidável dão um aspecto brilhante ao celular. Ao mesmo tempo, ele é um pouco mais espesso e pesado. São 7,7 milímetros de espessura com peso de 174 gramas — mais do que outros iPhones mais recentes. A primeira impressão que eu tive é que o iPhone X é um aparelho robusto, mas também “top-de-linha”. De fato, o design escolhido pela Apple deixa na cara que se trata de um aparelho mais caro.
Em contrapartida, a traseira de vidro e as laterais em aço são praticamente um ímã de marcas de dedo. Quem é neurótico com a limpeza do celular deve sofrer um pouco com esse iPhone, caso queira usar sem capa de proteção. E, claro, embora a Apple diga que estão utilizando “o vidro mais resistente em um smartphone”, vidro continua sendo vidro. O iPhone X pode quebrar com mais facilidade ao cair no chão, e o reparo não vai ser nada barato. No dia a dia, utilizo as capas de silicone da Apple.
Algumas pessoas me perguntaram sobre o aço inoxidável nas laterais, com medo dessa estrutura riscar com facilidade. Ao menos aqui, foram quase seis meses para eu conseguir notar os primeiros riscos — e todos quase imperceptíveis.
Mas o que realmente me chamou a atenção ao abrir a caixa do iPhone X é a frente sem qualquer tipo de botão ou borda. A impressão que eu tive é de segurar um único e contínuo pedaço de vidro. A Apple decidiu acabar com o botão Início, mas falarei disso em outro momento.
De início, algo que me pareceu bem estranho foi a posição da câmera traseira, que ficou maior, mais protuberante e agora na vertical. Hoje é algo que nem reparo mais, principalmente por usar o iPhone com uma capa, mas demorei um pouco para me acostumar.
No geral, o iPhone X me pareceu o mais bonito de todos os que eu já usei até hoje. A Apple decidiu ousar com um novo visual mais radical, sem interrupções na parte frontal e com materiais de alta qualidade. Me convenceu.
É (quase) tudo tela
Como mencionei anteriormente, a Apple sumiu com o botão Início e com as bordas do aparelho. Praticamente todo o espaço frontal agora é ocupado por uma grande tela “Super Retina” de 5.8 polegadas — sim, mais do que as 5.5 polegadas de um iPhone Plus. A qualidade da tela também teve um salto gigantesco: a resolução ultrapassou o padrão 2K, com exatos 2436 x 1125 pixels, sendo 458 pixels por polegadas.
Mais do que isso, o aparelho conta com uma tela OLED, tecnologia em que cada pixel possui a iluminação controlada individualmente. Ao ligar meu iPhone X pela primeira vez, a primeira coisa que percebi foi a profundidade dos tons mais escuros em contraste com o ícone branco da Apple.
Já que cada pixel possui sua própria iluminação, o preto acaba sendo “preto de verdade”, pois aquela parte específica da tela está praticamente desligada. Isso não apenas melhora a visualização de conteúdos mais escuros, como também contribui muito para a economia de energia da bateria.
A tela do iPhone X também suporta a reprodução de conteúdos em HDR e Dolby Vision. Isso quer dizer que, em uma foto ou vídeo com partes claras e escuras em um único quadro, a exibição e a qualidade não serão comprometidas. O contraste e o brilho da tela são incríveis. Mantendo o perfil com alta gama de cores (P3), parece que a imagem está saltando do aparelho.
O 3D Touch, apresentado com o iPhone 6s, continua presente no iPhone X. Como eu migrei de um iPhone 6 Plus, este foi o meu primeiro contato com a tela sensível à pressão do toque no celular — pois o Apple Watch já possui função similar. Embora poucos aplicativos tenham adotado o recurso pra valer, tenho utilizado muito para pré-visualizar links e mensagens, ou simplesmente para acessar os widgets de cada aplicativo na tela inicial.
A proporção da tela do iPhone X é de 19:5:9, ao invés do padrão 16:9 utilizado desde o iPhone 5. A tela é mais “alta” e fica perfeita para navegar na internet ou ver a linha do tempo nas redes sociais, porém causa uma certa estranheza ao reproduzir vídeos, já que a maioria não utiliza essa proporção. O usuário pode escolher se quer assistir ao vídeo em tela cheia, recortando parte dele, ou no tamanho original, com bordas pretas nos dois lados.
No geral, o iPhone X provavelmente tem a melhor tela de celular que eu já vi até hoje. Na verdade, até alguns colegas que utilizam celulares concorrentes (como o Galaxy S8 da Samsung) se surpreenderam ao ver o X pessoalmente pela primeira vez. Inclusive, por não ter bordas, o tamanho total do aparelho fica bem menor ao lado de um iPhone Plus. Hoje já me acostumei completamente, e quando pego o meu antigo 6 Plus sinto que algo está errado com ele.
Mas é claro que sempre há controvérsias, e neste caso é porque ainda restou um pequeno pedaço de borda na tela…
O “notch”
É, o “notch” — palavra em inglês para “entalhe”. Como eu disse, o iPhone X “é quase tudo tela”, isso porque a Apple queria utilizar o máximo de espaço possível para a tela, mas ainda precisava de um espaço para manter a câmera frontal, alto-falante, microfone e outros sensores. A solução foi deixar apenas uma pequena área no topo da tela com um recorte aos lados.
Em um primeiro momento, principalmente nas propagandas e imagens promocionais do iPhone X, é impossível não notar aquele espaço na tela do aparelho. Antes do aparelho chegar às lojas, muitas pessoas criticaram o tal do “notch”, que de fato é (ou era) algo um tanto incomum. Mas a verdade é que, usando o iPhone X no dia a dia, eu nem me lembrava mais que o recorte estava ali.
Diferente do Android, o iOS nunca utilizou a barra de status para muita coisa além de mostrar o horário, porcentagem da bateria e alguns outros ícones. Na prática, o entalhe quase não interfere no conteúdo consumido pelo usuário, já que ali ficam apenas o horário do lado esquerdo e os ícones de Wi-Fi, intensidade do sinal de celular e bateria ao lado direito.
Ao abrir uma foto ou um vídeo, por padrão, o conteúdo não ocupa essa área do recorte. Somente por escolha do usuário a imagem vai ser ampliada em tela cheia, chegando aos quatro cantos da tela e deixando o “notch” aparente. Algumas pessoas que não gostaram disso até criaram alguns planos de fundo que deixam a barra superior toda preta, disfarçando o recorte. Fiz o teste e confesso que entendi a escolha da Apple. A sensação de que a tela do aparelho vai de uma ponta até a outra se perde quando o entalhe não está aparecendo, criando-se uma borda falsa no topo.
De certa forma, a empresa tentou ser original e conseguiu. O iPhone sempre foi reconhecido pelo tradicional ícone retangular com bordas e um botão redondo na parte inferior. Sem essas características, a empresa precisava de outro elemento de identificação. O “notch” traz uma nova identidade para o smartphone da Apple. Quer dizer, isso até agora, já que várias empresas concorrentes estão apresentando seus novos celulares com recortes similares.
Obviamente eu também gostaria que toda a frente do iPhone fosse apenas tela, como alguns conceitos futuristas que existem por aí. No momento, isso é praticamente impossível, mas certamente vai acontecer em algum momento, conforme a tecnologia evoluir. Até lá, as empresas vão lançar suas apostas em outras formas de se aproveitar quase todo o espaço. Acho válido.
Minha única reclamação até o momento é que alguns ícones importantes ficaram escondidos na barra de status do sistema. Eu já ativei o modo Não Perturbe e só fui me lembrar disso horas depois, por conta do ícone agora ficar oculto. Eu também sempre confirmava se os AirPods estavam mesmo conectados ao iPhone por meio do ícone, que também “sumiu”. Ainda é possível ver a barra completa ao abrir a Central de Controle.
Os gestos mudam tudo
O botão Início sempre foi a base de como o iOS funciona no iPhone e no iPad. Sem ele, a Apple teve que repensar a forma de se utilizar o sistema no iPhone X. Felizmente, ao invés de optar por botões virtuais como em telefones com Android, a empresa seguiu o caminho dos gestos — e isso fez toda a diferença.
A navegação por gestos é um dos principais fatores que fazem o iPhone X ser “o futuro do smartphone”. Ao invés de pressionar botões e aguardar a resposta do sistema, o usuário simplesmente arrasta o aplicativo até o topo da tela para fechá-lo, ou desliza o dedo rapidamente na parte inferior para alternar entre os apps abertos. Como a tela do iPhone X reconhece os toques em 120Hz (a imagem exibida, porém, continua em 60Hz), dá para sentir que o telefone responde quase que “em tempo real” aos comandos reproduzidos.
De fato, é muito diferente utilizar um iPhone que não possui o botão Início após 10 anos acostumado com isso, mas a adaptação é extremamente rápida. Com apenas alguns dias usando o iPhone X, eu já estava tentando arrastar os aplicativos “pra lá e pra cá” em iPhones antigos. A navegação fica mais natural e a ideia de se ter botões agora me parece algo ultrapassado.
A Apple adicionou no sistema uma barra que indica ao usuário onde ele deve realizar os gestos, já que não há mais qualquer referência ao botão Início. Quando o usuário toca nessa barra, uma rápida animação indica que ela deve ser arrastada para funcionar.
Mas algumas mudanças ainda me parecem um pouco inconvenientes, embora também já tenha me acostumado. Como os apps agora são encerrados ao arrastá-los da parte inferior para o topo, a Central de Controle mudou de lugar. Para acessá-la, é preciso deslizar o dedo para baixo no lado direito do entalhe, onde ficam os ícones de sinal e bateria. As notificações ainda são acessadas da mesma forma, mas puxando-a pelo meio do “notch” ou na parte do horário.
A ideia da Central de Controle ser acessada pela parte inferior da tela sempre foi pensando na facilidade de uso, já que alcançar o topo pode ser difícil para algumas pessoas que possuem aparelhos com telas maiores. De fato, é bem mais chato ter que esticar o dedo até a parte de cima do iPhone para acessar os controles, mas ao mesmo tempo não imagino um outro lugar para colocarem essa função no momento. São coisas que podem mudar em futuras versões do iOS.
O reconhecimento facial veio para ficar
O fim do botão Início significa que outra peça importante do iPhone nos últimos anos também desapareceu: o Touch ID, sensor biométrico utilizado para autenticação do usuário desde o iPhone 5s. Agora, o iPhone X conta com o Face ID, uma tecnologia que utiliza o rosto do usuário para desbloquear o aparelho, abrir aplicativos e confirmar compras nas lojas online.
Antes de prosseguir com qualquer opinião, é interessante destacar como exatamente o Face ID funciona por trás do que o usuário vê. Como já mencionei anteriormente, a área do entalhe no topo da tela conta com diversos sensores. Ali, há uma câmera infravermelho, emissor de luz, sensor de proximidade, projetor de pontos e a câmera frontal principal. A Apple chama esse conjunto de “Câmera TrueDepth“.
O nome não é em vão. Primeiro, o iPhone X utiliza o emissor de luz infravermelha para encontrar o rosto do usuário, até mesmo no escuro. Depois, são projetados mais de 30 mil pontos invisíveis que fazem o mapeamento exato da forma do rosto. Esses pontos são capturados pela câmera infravermelho junto com uma imagem da câmera frontal principal. Tudo isso é processado pelo chip A11 Bionic, que cria um modelo em 3D da face escaneada e confere se coincide com o que está configurado no aparelho.
Falando assim pode parecer algo complexo, e realmente é, mas na prática o usuário não vê e nem precisa entender nada disso. Em segundos, ao olhar para a tela, o iPhone X é desbloqueado e já pode ser utilizado normalmente. Por utilizar um sistema tão avançado, é difícil enganar a tecnologia. Não adianta colocar uma foto da pessoa na frente do celular, não vai funcionar.
A minha experiência com o Touch ID nunca foi das melhores. Tenho problema com suor nas mãos, e por isso usar a biometria mais me irritava do que qualquer outra coisa. Tinha que limpar os dedos, passar a camiseta no botão para limpar o sensor… e o Face ID acabou resolvendo tudo isso. Eu posso contar quantas vezes até agora eu precisei digitar a minha senha porque o reconhecimento facial falhou.
Um ícone de cadeado indica se o iPhone X foi desbloqueado com o Face ID
Sim, o Face ID tem suas limitações. Embora ele funcione no escuro, algumas pessoas já relataram que o reconhecimento não funciona muito bem com maquiagens fortes ou que pode ser facilmente enganado por gêmeos, algo que a própria Apple já afirmou que aconteceria e que pretendem aprimorar isso em futuras atualizações. Mas não é como se o Touch ID funcionasse em qualquer cenário — ou você já conseguiu desbloquear seu iPhone com luvas?
Usar o Face ID tem sido uma experiência muito natural. É só levantar o iPhone e arrastar o dedo para cima. Muitas pessoas ficaram com receio do sistema de reconhecimento facial não funcionar muito bem, e com razão. As soluções oferecidas pela concorrência até hoje não são nem um pouco funcionais. Com o iPhone X, basta usar o aparelho normalmente, como se ele nem mesmo tivesse uma senha. Nada de posicionar o rosto, alinhar os olhos e aguardar vários segundos. É algo que funciona sem que o usuário tenha que pensar.
Algo que ainda me incomoda às vezes é o fato do Face ID não funcionar com o iPhone na horizontal. Há quem diga que a Apple deve resolver isso com o iOS 12, já que os iPads também devem ganhar câmeras TrueDepth para o reconhecimento facial. Do Touch ID, sinto falta de algo específico: agilidade para usar o Apple Pay. Antes era só encostar o iPhone na máquina de cartão com o dedo no botão Início e pronto! Com o iPhone X é necessário pressionar duas vezes o botão lateral para confirmar que você quer pagar com o celular. Só então o Face ID entra em ação e a compra é concluída.
Por conta do chip neural embutido no processador A11 Bionic, o Face ID estuda constantemente as mudanças que ocorrem no rosto do usuário, para que não seja necessário recadastrar toda vez que alguma coisa mudar — como um corte de cabelo novo. No dia em que meu iPhone chegou, logo pela manhã, estava com o cabelo todo bagunçado. Após arrumá-lo, o Face ID pediu para que eu confirmasse antes minha senha numérica. Desde então ele me reconhece tanto ao acordar quanto no decorrer do dia.
Assim como o Touch ID, os desenvolvedores também podem utilizar o Face ID para autenticação dentro de aplicativos, e é nessa hora que se nota o quão diferente é a experiência de se usar um “iPhone moderno”. Se antes eu tocava em um ícone e depois colocava o dedo no botão para confirmar a identidade, agora é só abrir o aplicativo e pronto. O iPhone já sabe quem está usando e faz a autenticação.
Todos os aplicativos que já funcionavam com o Touch ID são compatíveis com o Face ID
Outra função ótima que o Face ID trouxe para o iPhone X é o bloqueio das notificações para os bisbilhoteiros de plantão. Pode deixar o seu iPhone em cima da mesa ou onde quiser, pois ninguém vai conseguir ler suas mensagens na tela bloqueada. O conteúdo das notificações fica oculto até que o aparelho reconheça o rosto do usuário, algo que a Apple destacou até em um comercial de TV recentemente.
A tecnologia de reconhecimento facial avançado também foi aproveitada para checar a atenção do usuário. Sabe quando você está lendo alguma coisa no seu iPhone, mas esquece de interagir com o aparelho por um certo tempo e a tela acaba desligando? Por meio do Face ID, o sistema reconhece se o usuário está olhando ou não para a tela, e assim consegue evitar que ela seja desligada mesmo sem qualquer interação direta. O mesmo sistema é utilizado para reduzir o volume das notificações enquanto o iPhone estiver em uso.
O conteúdo das notificações fica oculto até que o iPhone reconheça o rosto do usuário
Mas o reconhecimento facial do iPhone X vai além da autenticação. Os desenvolvedores podem utilizar a tecnologia em seus aplicativos em inúmeras situações diferentes. No jogo Rainbrow, por exemplo, o usuário movimenta o personagem para cima ou para baixo levantando as sobrancelhas e fazendo caretas. Recentemente, os desenvolvedores do jogo “The Walking Dead: Our World” revelaram que um iPhone X foi utilizado para animar os personagens zumbis em 3D.
A própria Apple já utiliza esse recurso em alguns de seus aplicativos. Você provavelmente já ouviu falar dos Animoji. Quando os consumidores colocaram as mãos no iPhone X pela primeira vez, a internet ficou cheia deles.
São Emoji que imitam exatamente os movimentos feitos pelo rosto do usuário, e podem ser gravados ou simplesmente enviados de forma estática em uma conversa no iMessage (é possível salvá-los posteriormente para enviá-los em outros aplicativos). Atualmente, são 16 Animoji disponíveis, incluindo leão, raposa, gato, unicórnio, galinha e até um cocô.
É claro que ter Animoji de longe é um fator decisivo na compra de um iPhone X, mas devo confessar que é divertido brincar com eles. O reconhecimento dos movimentos é surpreendente e sim, no início eu passei horas gravando coisas aleatórias.
Mesmo sendo exclusivos do iPhone X, qualquer pessoa pode visualizar um Animoji. Espero que a Apple um dia permita que outros aplicativos utilizem o recurso, já que no Brasil são poucas pessoas que usam o iMessage.
Essa é a primeira versão do Face ID, e mesmo ele tendo alguns problemas, não há como negar que a Apple fez um ótimo trabalho. Hoje eu já me sinto um pouco perdido quando vou usar um iPhone antigo ou meu iPad, pois fico esperando o reconhecimento facial acontecer ou vou ao iMessage procurar os Animoji. Junto com o fim do botão Início, isso definitivamente mexeu com a forma de se utilizar o smartphone da Apple.
Certamente as próximas gerações do iPhone (e outros produtos que também devem receber a câmera TrueDepth em breve) vão contar com sensores aprimorados, assim como o Touch ID evoluiu desde quando foi apresentado no iPhone 5s até chegar no iPhone 8. Mas posso afirmar que o reconhecimento facial veio para ficar.
Mais rápido que um Mac
Todo ano, quando a Apple apresenta um novo iPhone, sempre há quem faça diversos testes de desempenho (conhecidos como Benchmark) para ver em números o quão mais rápido é o aparelho em relação aos demais. E mesmo com cada geração do iPhone sendo lançada com um processador aprimorado, o A11 Bionic que equipa o iPhone X foi considerado por vários especialistas o melhor chip móvel do mercado até o momento.
iPhone X fica na frente até mesmo do recém-lançado Samsung Galaxy S9 em teste de desempenho realizado pelo site Tom’s Guide com a ferramenta Geekbench
O A11 Bionic possui seis núcleos, sendo dois deles de alto desempenho e os outros quatro mais econômicos. Dessa forma, o iPhone X executa a maioria das tarefas com os núcleos econômicos, aumentando assim a duração da bateria. Quando necessário, o sistema consegue utilizar todos os seis núcleos simultaneamente para lidar com tarefas mais pesadas.
Mantendo a arquitetura de 64 bits, o processador dos novos iPhones (o A11 Bionic também está presente no iPhone 8 e 8 Plus) é fabricado com tecnologia de 10 nanômetros e conta com mais de 4.3 bilhões de transistores. Juntando tudo isso aos 3GB de memória RAM, o iPhone X conseguiu atingir o posto de dispositivo mais potente já lançado, tendo ultrapassado até mesmo o iPad Pro de segunda geração em pontuações do Geekbench.
Para o dia a dia de um usuário comum, entender esses números é o de menos. O iPhone X é rápido, muito rápido. Os aplicativos e jogos são abertos quase que instantaneamente, e até mesmo tarefas mais pesadas como editar e exportar um vídeo em 4K são feitas com mais fluidez do que em meu computador atual. O sistema lida muito bem com o gerenciamento dos aplicativos em segundo plano e raramente algum deles é encerrado por falta de memória.
Aos que gostam de se aventurar em jogos, eu não poderia recomendar outro aparelho. O iPhone X é pensado em realidade aumentada, e o processador gráfico do chip A11 Bionic dá conta do recado. Jogar algo como “The Machines” neste celular é uma experiência única.
Outro detalhe importante do A11 Bionic é a otimização para a inteligência virtual e aprendizado de máquina — elementos que originam o nome “biônico” do processador. O reconhecimento facial do Face ID, a organização inteligente da biblioteca de fotos e outros recursos de proatividade são gerenciados pelo processador neural do novo chip. De acordo com a Apple, tudo isso acontece sem afetar a duração da bateria.
E a bateria?
A bateria é sempre uma questão problemática quando o assunto é o smartphone. Os dispositivos estão ganhando cada vez mais recursos e os aplicativos modernos consomem mais energia. Em contrapartida, a capacidade da bateria interna do aparelho não parece aumentar na mesma proporção. A Apple promete até 12 horas de duração da bateria para o iPhone X em condições normais de uso, e em geral é o que eu tenho notado no dia a dia com o aparelho.
Os números não são surpreendentes e podem deixar na mão quem sempre faz uso intenso do aparelho — jogos e câmera principalmente — mas não tenho muito do que reclamar até agora. Faço uso moderado do meu iPhone, estou quase sempre checando emails e redes sociais e eventualmente ouvindo músicas, assistindo a vídeos e tirando fotos. Eu já consegui ficar com o celular fora da tomada por quase 24 horas, mas a média que eu tenho é de 15 horas, destas sendo aproximadamente 9 horas de uso real.
Até hoje nunca precisei recarregar a bateria do meu iPhone X no decorrer do dia. Sempre tive carga disponível para aguentar o meu expediente, minhas aulas e ainda chegar em casa e ler todos os grupos do Telegram. Embora o iPhone X seja compatível com carregadores rápidos, que recarregam 50% da bateria em 30 minutos, o adaptador de tomada padrão ainda é de míseros 5W. Isso nunca me incomodou muito, já que sempre deixo o celular na tomada enquanto durmo.
Carregador “sem fio”
Tanto o iPhone 8 quanto o iPhone X agora são compatíveis com carregadores “sem fio” que utilizam a tecnologia Qi, aquela em que a bateria do aparelho é recarregada por indução ao encostá-lo em uma base conectada à energia. Essa tecnologia não é nova, mas só agora a Apple decidiu adotá-la. Para testar o máximo de recursos possíveis do meu novo iPhone, comprei um carregador Qi e minhas experiências tiveram resultados mistos.
Essa tecnologia não é exatamente sem fio, já que a base ainda estará conectada na tomada. A diferença é que, com esse tipo de carregador, não é preciso encaixar nenhum cabo no iPhone. Basta deixar o celular em cima da base e pronto, ele já está sendo recarregado. Na teoria tudo parece bem interessante, mas na prática existem algumas limitações que me fizeram voltar a utilizar o bom e velho Lightning.
Por ser necessário deixar o iPhone encostado na base, toda vez que eu preciso pegar o celular por algum motivo — como responder uma mensagem ou atender uma ligação — o carregamento é interrompido. Outro detalhe que me incomodou é ter que posicionar o aparelho exatamente no centro da base, alinhado com os transmissores de energia. Em um dos meus testes, o iPhone saiu do lugar após ter vibrado ao receber várias notificações, e a porcentagem da bateria praticamente não subiu mais após isso ter acontecido.
Mas o principal problema dessa tecnologia no momento é a demora para recarregar a bateria em comparação com o carregador padrão. Enquanto é possível usar adaptadores de até 29W no iPhone por meio de um cabo Lightning com USB-C, a tecnologia Qi adotada pela Apple não recebe mais que 7.5W. Isso significa que pode levar até 3 horas para completar a carga da bateria de um iPhone X utilizando um carregador sem fio.
Além da questão do alinhamento, até mesmo a capa protetora do celular pode atrapalhar o processo. Capas mais grossas ou que contenham peças de metal sequer funcionam com os carregadores sem fio, enquanto algumas mais finas funcionam, mas aumentam o tempo para completar a carga. Com o iPhone em modo avião, notificações desligadas (para evitar o desalinhamento na base) e sem a minha capa de silicone da Apple, consegui completar de quase 0% a 100% em cerca de 2 horas — o mesmo tempo que levaria utilizando o carregador com fio que vem na caixa.
Outro detalhe que me preocupou é o fato do celular esquentar mais do que quando está sendo recarregado com o cabo Lightning, aparentemente algo “normal” nesse tipo de carga. Altas temperaturas são prejudiciais para qualquer aparelho eletrônico, e no caso dos celulares, isso acaba afetando diretamente a vida útil da bateria a longo prazo. Por essas e outras, desisti de utilizar o carregador sem fio por enquanto.
Rumores cogitaram a possibilidade da Apple estar trabalhando em um sistema de carga sem fio à distância para os novos iPhones, mas isso acabou não acontecendo — provavelmente por essa tecnologia ainda não estar pronta para o mercado. Percebe-se que implementar o carregamento Qi é mais um “tapa-buraco” enquanto uma solução melhor não é lançada. De fato, existem algumas coisas interessantes no atual modelo de carregamento sem fio, e é ótimo que a Apple ofereça essa opção para que os usuários possam escolher.
AirPower da Apple promete carregar até três dispositivos ao mesmo tempo por indução. O acessório ainda não está à venda
Confesso que é muito legal poder simplesmente “jogar” o iPhone em cima de uma base para recarregá-lo, e o fato da tecnologia Qi ser um padrão aberto permite que os usuários de marcas diferentes compartilhem o mesmo carregador, o que é ótimo para locais públicos como restaurantes e aeroportos. Só que, usando no dia a dia, as vantagens praticamente não existem.
A Apple já anunciou o seu próprio carregador sem fio, o AirPower, mas até hoje não há qualquer sinal dele nas lojas. Fico na expectativa para que ao menos consigam corrigir alguns destes problemas com a solução própria de carregamento sem fio que inventaram.
Câmeras que se destacam
Para algumas pessoas, o que mais importa em um celular é a qualidade das câmeras que o acompanham. Confesso que este é um item de extrema consideração para o meu uso, e até agora só tive experiências muito boas registrando fotos e vídeos com meu iPhone X. A Apple investiu muito em novos sensores e tecnologias de pré e pós-processamento, e o resultado é surpreendente dentro das limitações de uma câmera de celular.
Seguindo uma tendência que surgiu com o iPhone 7 Plus, o iPhone X conta com duas lentes traseiras de 12 Megapixel cada, sendo uma grande-angular e outra teleobjetiva. A diferença agora é que as duas lentes possuem estabilização óptica, e não apenas a grande-angular como é no 7 Plus e 8 Plus. Outra novidade é que a lente teleobjetiva possui maior abertura de f/2.4, contra f/2.8 dos outros iPhones Plus. A lente principal manteve os f/1.8 de abertura do iPhone 7, porém com outras melhorias.
Em condições ideais de iluminação, o iPhone já conseguia registrar imagens incríveis há muito tempo. Mesmo assim, é notável o salto na qualidade da imagem saindo de um 6 Plus para o X. Em um dos meus testes feitos durante o dia em um espaço aberto, é possível perceber que o iPhone 6 Plus não soube lidar muito bem com a forte iluminação ao fundo, enquanto o iPhone X conseguiu um equilíbrio melhor entre o céu e o que estava em destaque.
Já deixo registrado que todas as imagens foram capturadas no modo automático de ambos os celulares e não passaram por qualquer tipo de manipulação. Clique nas imagens para visualizá-las em tela cheia.
Algo que definitivamente está melhor na câmera dos iPhones mais recentes é o recurso de zoom, especialmente nos modelos Plus e X. Até então, todos eles utilizavam somente o zoom digital, que faz apenas um recorte da imagem capturada. Com a câmera dupla, o sistema alterna para a segunda lente teleobjetiva ao ativar o zoom, o que melhora muito a qualidade da imagem final. Utilizar o zoom máximo do iPhone X continua não sendo a melhor das experiências, mas está lá e foi aprimorado para quem precisar.
Confira abaixo mais algumas fotografias que capturei com o iPhone X.
Para os que adoram personalizar suas fotografias com filtros e outros efeitos, o iPhone X conta com o novo “Modo Retrato Iluminado”. Além de desfocar o fundo das imagens imitando as lentes de uma câmera DSLR, o sistema agora também consegue simular condições diferentes de iluminação, como luz de estúdio e contorno. Como o iPhone X tem duas câmeras frontais, o Modo Retrato agora também funciona para selfies.
O mais legal é que todos esses efeitos não são “destrutivos”, ou seja, você pode alterá-los ou removê-los enquanto tira a foto ou até mesmo depois da imagem já ter sido salva. Basta arrastar o dedo nas opções que aparecem na tela para visualizar o resultado em tempo real.
Além da luz de estúdio e luz de contorno, há outros dois efeitos que chamam a atenção, principalmente por estarem sendo amplamente destacados nas propagandas da Apple: luz de palco e luz de palco mono. Basicamente, ao invés de desfocarem o fundo, eles o removem completamente, deixando apenas a pessoa ou o objeto em destaque. Diferente daqueles filtros mais simples, estes ainda são considerados “beta”, justamente porque nem sempre funcionam como deveriam.
No geral, o Modo Retrato e os efeitos de iluminação não fazem milagres e dependem de condições muito específicas para funcionarem bem, mas dá para se divertir com as novidades e até mesmo produzir fotos conceituais com eles. Felizmente, como quase tudo é gerado pelo sistema operacional, é algo que pode e deve melhorar com as futuras versões do iOS.
Para quem gosta de vídeos, o salto na qualidade é notável. O iPhone X é capaz de gravar em resolução 4K com 60 quadros por segundo — algo inédito que nem mesmo muitas das câmeras profissionais conseguem. É claro que, no dia a dia, poucos usuários devem realmente utilizar a configuração máxima, já que um minuto de vídeo nessa qualidade ocupa cerca de 400MB da memória interna do aparelho.
Não sou muito de gravar vídeos, e por isso acabo deixando meu iPhone configurado para capturar em 1080p com 60 quadros por segundo. Mesmo assim, quando uso o celular para isso, fico surpreso com qualidade e principalmente com a estabilização e zoom da imagem. O vídeo abaixo foi gravado em 4K 60fps, e embora nem todos os dispositivos consigam reproduzi-lo na qualidade máxima, já dá para se ter uma ideia dos aprimoramentos feitos na câmera.
Compare agora com a gravação feita com o iPhone 6 Plus (em 1080p 60fps, a configuração máxima suportada neste aparelho).
Para os fãs de selfies, o iPhone X traz também várias novidades na câmera frontal. Por conta dos sensores de profundidade utilizados para o funcionamento do Face ID, foi possível habilitar o Modo Retrato e os novos filtros de iluminação também nas fotos frontais. Aplicativos como o Snapchat e o próprio Clips da Apple aproveitam a nova câmera em combinação com as tecnologias de realidade aumentada do ARKit para aplicarem os mais diversos efeitos no rosto e no fundo das imagens.
Está sendo incrível fotografar com o iPhone X, e embora sempre tenha o que melhorar na câmera — ainda espero por sensores com aberturas maiores para fotografias em ambientes escuros — é notável que a Apple se empenhou em melhorar consideravelmente a qualidade das imagens registradas pelo aparelho. Se você é do tipo que adora usar a câmera do celular, o iPhone X é um dos melhores disponíveis para isso atualmente.
O futuro do iPhone
Usando o iPhone X durante todo esse tempo, devo concordar com a afirmação da Apple. Este, de fato, é o início de uma nova era não apenas para o iPhone, mas também para outros smartphones. Pode parecer pouco, mas a decisão da Apple de abandonar o legado para dar lugar a uma nova proposta com o máximo de tela possível muda a forma de usar o aparelho. É a separação entre a primeira década do iPhone e o que virá a seguir.
Só o fato da navegação agora ser toda baseada em gestos faz com que você se sinta usando algo completamente novo, com resposta direta, sem a necessidade de apertar botões a todo momento. O Face ID transforma a autenticação em algo invisível. Muitas vezes é fácil até de esquecer que o celular tem algum tipo de senha. E o tão controverso “notch” só reforça que as bordas ficaram no passado.
A nova experiência já começa ao levantar o celular em direção ao rosto e, com um único deslizar de dedo, utilizar todas as funções que o aparelho tem a oferecer. A tela OLED com bordas reduzidas, acesso instantâneo com reconhecimento facial, gestos, emojis que reproduzem exatamente suas expressões, novas possibilidades para registrar selfies e vários outros recursos juntos trazem um conceito diferente e muito mais imersivo.
Depois de experimentar o iPhone X no dia a dia, a sensação ao ver novamente qualquer outro iPhone — até mesmo o iPhone 8 — é de estar lidando com algo antiquado. Os próprios rumores já indicam que a Apple pretende implementar em breve as tecnologias introduzidas no iPhone X em futuros iPhones, iPads e até Macs. Mas o futuro do smartphone tem um preço, e é um preço bem alto.
Vale a pena?
Essa é a pergunta mais importante ao considerar a compra de qualquer novo dispositivo, e respondê-la quando o assunto é o iPhone X pode ser bem complicado. Como eu já disse, este provavelmente é o melhor smartphone que eu já usei até agora, e não me arrependo em nada de tê-lo escolhido ao invés de qualquer outro disponível atualmente. Porém, no momento, acredito que não é um aparelho para qualquer um.
Mesmo sendo ótimo, o iPhone X é a prova de um conceito criado pela Apple. Um conceito que certamente ainda será muito aprimorado nos próximos anos. Conheço pessoas que também se apaixonaram pelo iPhone X, e outras que tiveram dificuldades em se adaptar às tantas mudanças feitas pela Apple. Isso talvez não seria um problema se este não fosse um dos celulares mais caros já lançados até hoje.
Nos Estados Unidos, a versão mais barata custa mil dólares — isso dá cerca de R$3.650 reais na cotação atual, isso sem considerar outras taxas como impostos locais e cobranças por uso do cartão no exterior, se você for um brasileiro e estiver em viagem. Por aqui, o valor oficial do iPhone X é de 7 mil reais para o modelo de 64GB, bem acima dos R$5.400 cobrados pelo iPhone 8 Plus de 256GB que possui especificações técnicas quase idênticas por dentro, mas sem o conceito futurista por fora.
O iPhone X é para aqueles que querem conhecer em primeira mão o “futuro do smartphone”. Isso nos torna sujeitos à algumas decisões que podem parecer controvérsias de início — olá, “notch” na tela. Se dinheiro não é problema e o que você procura é um dos melhores celulares do mercado atualmente e com uma experiência totalmente diferente do que outros aparelhos oferecem, o iPhone X não deve desapontá-lo.
Mas esteja ciente de que muita coisa ainda deve mudar nos próximos anos. Tecnologias como os sensores do Face ID devem ter o custo de produção reduzido com o tempo, além das melhorias pontuais que serão feitas. Uma próxima geração deste conceito certamente chegará ao mercado mais “polida” e, quem sabe, custando um pouco menos.