Os leitores do iHelp BR provavelmente sabem que sou usuário de iPhone de longa data. Apesar disso, a curiosidade em relação aos telefones Android vinha aumentando nos últimos anos.
Surgiram então os telefones dobráveis, e eu estaria mentindo se dissesse que nunca quis um. Agora finalmente tive a oportunidade de testar o Samsung Galaxy Z Flip 3 para compartilhar minhas opiniões sobre o produto e também sobre celulares dobráveis em geral.
Celulares dobráveis
As fabricantes de celulares Android já vem lançando aparelhos dobráveis há algum tempo. No entanto, os primeiros dobráveis não eram exatamente amigáveis – eles se pareciam mais com protótipos do que produtos criados para consumidores comuns.
Em 2019, a Samsung anunciou o primeiro Galaxy Fold com a proposta de um tablet que podia ser dobrado e utilizado como um celular ou vice-versa. A ideia era bastante promissora, mas a empresa enfrentou alguns problemas com esse aparelho, que se mostrou ser ainda mais frágil do que muitos já imaginavam.
Mas a Samsung aprendeu muito desde o primeiro Galaxy Fold. Em 2020, a empresa anunciou o Galaxy Z Flip – também um celular dobrável, mas que não se transforma em um tablet. Agora em sua segunda geração (vale notar que nunca existiu um Galaxy Z Flip 2), pude finalmente colocar as mãos no telefone dobrável da Samsung.
Primeiras impressões do Galaxy Z Flip 3
As primeiras impressões de um produto já aparecem antes mesmo de tirá-lo da caixa. E já é possível notar que a caixa do Galaxy Z Flip 3 é bastante compacta.
Assim como os iPhones mais novos, os telefones premium da Samsung não contam com adaptador de tomada incluso na caixa. Porém, ao contrário da Apple, a Samsung permite que os consumidores solicitem um adaptador gratuito utilizando a nota fiscal do aparelho caso desejem. Fones de ouvido também não estão inclusos, apenas o cabo USB-C para recarga.
Ao tirar o Galaxy Z Flip 3 da caixa, ele se parece como qualquer outro smartphone comum já que o aparelho vem “desdobrado”. No entanto, assim que coloquei minhas mão nele, a primeira coisa que fiz foi dobrá-lo. É difícil de acreditar que existe um celular tão moderno que pode ser dobrado e desdobrado, mas existe e está entre nós.
O Galaxy Z Flip 3 tem a traseira feita em vidro com estrutura de alumínio. A dobradiça do aparelho também é protegida por alumínio e dá a sensação de ser bastante robusta. Segundo a Samsung, o Galaxy Z Flip 3 é até mesmo resistente à água, mas não tive coragem suficiente de fazer o teste.
A dobradiça é bastante flexível, porém ao mesmo tempo com firmeza suficiente para manter a tela no ângulo que o usuário escolheu. Em nenhum momento tive a sensação de que o telefone seria danificado a depender da forma como eu abro e fecho a tela. Vale notar, porém, que abrir o Z Flip 3 com uma mão só não é exatamente fácil.
Em geral, o design do Galaxy Z Flip 3 não é tão premium quanto o de aparelhos topo-de-linha como o Galaxy S22 ou até mesmo o iPhone 13 Pro, mas preciso dizer que o aparelho é bastante adorável. Algo que gostei muito nele é o peso: são 183 gramas contra 240 gramas do iPhone 13 Pro Max – e eles são praticamente do mesmo tamanho. Celulares pesados me incomodam muito, então ponto para o Z Flip 3.
Ele dobra! Mas e aí?
Então sim, O Galaxy Z Flip 3 é um celular que dobra. Mas o que exatamente isso significa para os usuários, especialmente quando se trata de um aparelho que não vira um tablet?
Depois de toda a empolgação inicial, passei a me perguntar o que fazer com um celular dobrável. Após usá-lo durante dois meses, acabei descobrindo algumas coisas que me fizeram gostar do Z Flip 3. Eu posso, por exemplo, colocá-lo na mesa com a tela dobrada para ler uma receita, artigo ou até mesmo letras de músicas sem ter que inclinar minha cabeça em direção ao celular.
Alguns aplicativos da Samsung são otimizados para telefones dobráveis. Na galeria de fotos, a parte de baixo da tela se transforma em um trackpadque pode ser utilizado para navegar entre as imagens e até mesmo ampliá-las enquanto a foto é exibida na parte superior da tela.
O fato do celular dobrar também é bastante útil para tirar selfies em grupo sem que alguém tenha que segurar o aparelho. Isso também ajuda ao tirar fotos em ambientes com pouca luz, já que é possível dobrar o aparelho e mantê-lo fixo em uma superfície para capturas em longa exposição.
O Galaxy Z Flip 3 também é bastante prático para ser guardado no bolso. Algumas das minhas calças possuem bolsos pequenos e aparelhos como o iPhone 13 Pro Max simplesmente não entram ali, mas isso não é um problema para o Z Flip 3 quando está dobrado.
E por falar nisso, o Z Flip 3 oferece alguns recursos mesmo quando está dobrado. É possível tirar fotos com as câmeras traseiras para obter melhor qualidade – isso graças à pequena tela na parte de fora do aparelho, que também mostra informações rápidas como o relógio, previsão do tempo e calendário.
Dá até para acessar o Samsung Pay com o Z Flip 3 fechado. Basta utilizar a tela da parte externa para selecionar o cartão desejado e encostar o dedo no leitor biométrico (que fica na lateral do aparelho) para pagar com NFC sem ter que desdobrar o celular.
Telas
Em termos mais técnicos, o Galaxy Z Flip 3 conta com uma tela AMOLED de 6.7 polegadas e resolução de 2636 x 1080 pixels, sendo 425 pixels por polegada. O painel AMOLED da Samsung suporta ampla gama de cores (DCI-P3), taxa de atualização de 120Hz e até 1.200 nits de brilho.
As cores exibidas no painel são bastante vivas e até um pouco exageradas (mas é possível alterar isso nos ajustes). Já a taxa de atualização de 120Hz garante uma experiência bastante fluída ao navegar pelo sistema, enquanto o alto nível de brilho é excelente para ver vídeos em HDR.
Nesse aspecto, a tela do Galaxy Z Flip 3 bate de frente com outros topo-de-linha do mercado e não deixa a desejar. Mas há alguns poréns.
Como a tela do Galaxy Z Flip 3 dobra, ela naturalmente tem um vinco na dobradiça. Ao usar o aparelho no aparelho no dia a dia, confesso que acabei me esquecendo da existência dele assim como me esqueço do recorte no topo da tela do iPhone. Mesmo assim, ainda é possível vê-lo e, principalmente, senti-lo.
Outro detalhe é que, como a tela é bastante frágil, o Z Flip 3 conta com uma película de proteção instalada por padrão – a empresa recomenda que o usuário não a remova por conta própria. Eu não sou fã de películas e a minha vontade é de arrancar ela, principalmente porque o acúmulo de poeira ao redor da tela fica perceptível após certo tempo de uso.
Já a pequena tela na parte externa do Galaxy Z Flip 3 tem apenas 1.9 polegadas com resolução de 260 x 512 pixels. O painel também é AMOLED e, graças ao fundo preto, dá a impressão de que as informações estão impressas na traseira do celular.
Desempenho
O processador que equipa o Galaxy Z Flip 3 é o Snapdragon 888. Para quem vem do iPhone, é um chip que se compara ao A13 Bionic presente no iPhone 11. São oito núcleos de CPU combinados com 8GB de memória RAM.
Embora não seja o que há de melhor no mercado, até mesmo comparado a outros telefones Android, o desempenho do Galaxy Z Flip 3 se mostrou bastante satisfatório no dia a dia. Não notei quaisquer engasgos no sistema ou aplicativos. Tudo é executado com muita agilidade e até mesmo jogos como Asphalt 9 rodam sem problemas com gráficos na configuração máxima.
Uma grande vantagem de ter 8GB de memória RAM é que o sistema consegue manter todos os aplicativos abertos em segundo plano, sem exceção. No iPhone, apesar de todas as otimizações do iOS, ainda é comum ver aplicativos sendo completamente recarregados após certo tempo de inatividade.
No entanto, algo que pode incomodar alguns usuários é o fato do Galaxy Z Flip 3 esquentar com uma certa facilidade mesmo sem uso extremamente intenso.
Câmeras
Atualmente, o que mais me atrai em um celular são as câmeras. Afinal, esse é o recurso que eu provavelmente mais utilizo no meu dia a dia. No caso do Galaxy Z Flip 3, são três câmeras: duas traseiras e uma frontal.
Na parte traseira, o aparelho conta com uma lente grande-angular de 12 megapixels com abertura f/1.8 e uma lente ultra-angular, também de 12 megapixels, com abertura f/2.2.
As fotos tiradas com a lente grande-angular em boas condições de iluminação são bastante razoáveis. As cores mais intensas, marca característica da Samsung, estão presentes por padrão nas fotos – embora seja possível alterar isso. Já o HDR é satisfatório, embora deixe algumas imagens levemente esbranquiçadas em áreas muito claras.
O Z Flip 3 também conta com Modo Noite para melhorar a captura de fotos noturnas. No entanto, mesmo combinando esse recurso com a estabilização óptica na lente principal, imagens registradas em locais escuros não ficam tão nítidas quanto as fotos tiradas durante o dia ou em locais bem iluminados.
Por não ter uma lente teleobjetiva como outros aparelhos mais caros da própria marca, o Galaxy Z Flip 3 conta apenas com zoom digital – o que, para mim, é uma desvantagem. A lente ultra-angular, que captura imagens com maior ângulo de visão, captura imagens razoáveis em boas condições de luz, o que não é uma surpresa já que esse tipo de lente costuma ser inferior mesmo em aparelhos topo-de-linha.
Já a câmera frontal, com resolução de 10 megapixels e abertura f/2.4, superou minhas expectativas. Mesmo em locais pouco iluminados, as selfies quase sempre saem boas e até mais definidas do que as fotos que eu tiro com a câmera frontal do iPhone.
A questão aqui é que a Samsung ainda insiste em um efeito de “embelezamento” de pele. Mesmo que você desative todos os efeitos no app de câmera da Samsung, que por sinal é bastante completo, o rosto ainda fica “maquiado” para esconder algumas imperfeições. Há quem goste, mas penso que isso resulta em um aspecto mais artificial.
Além disso, como há a opção de tirar fotos com as câmeras traseiras do Z Flip 3 no modo dobrado, é possível registrar selfies com qualidade ainda maior – embora essas fotos sejam capturadas em proporção 1:1 ao invés de 3:4 ou 9:16.
Já quando o assunto é vídeo, o Galaxy Z Flip 3 é capaz de filmar em 4K com até 60 quadros por segundo com HDR10+ (tecnologia que compete com o Dolby Vision no quesito de alcance dinâmico de cores). A qualidade dos vídeos é razoável, mas também não chega a surpreender.
O Galaxy Z Flip 3 também suporta vídeos em super câmera lenta. Neste modo, o celular grava um vídeo em resolução 720p com 960 quadros por segundo, criando assim um efeito extremamente dramático. Apesar de ser limitado à resolução HD e com pouquíssimos segundos, é possível se divertir com essa opção.
O aplicativo de câmera da Samsung oferece diversos ajustes avançados, além de contar com recursos como Modo Retrato para desfocar o fundo das fotos. Por sinal, esse efeito funciona muito bem no Galaxy Z Flip 3, mesmo nas selfies registradas pela câmera comum sem profundidade real.
Em geral, o que tenho a dizer sobre as câmeras do Galaxy Z Flip 3 é que elas são boas, mas não são excelentes como as câmeras encontradas em outros celulares premium.
Bateria
A bateria do Galaxy Z Flip 3 me decepcionou. Em termos técnicos, o componente possui capacidade de 3.300mAh – o que teoricamente está acima do iPhone 12 e 13 de 6.1 polegadas.
No entanto, ao utilizar o aparelho nas configurações padrões para tirar fotos, ouvir músicas e usar aplicativos de redes sociais, a bateria se esgotou em menos de 9 horas após tirar o telefone do carregador. Com uso mais intenso, fica quase impossível chegar ao fim do dia sem uma segunda recarga.
É possível reduzir a taxa de atualização da tela para 60Hz para estender a duração da bateria, mas com isso você perde o propósito de ter comprado um aparelho com tela de 120Hz.
Por algum motivo, o Galaxy Z Flip 3 só suporta recarga rápida de até 15W por meio do cabo USB-C. É possível recarregar quase 50% da bateria em pouco mais de 30 minutos, porém é preciso deixar o aparelho na tomada por mais 1 hora para concluir a recarga.
O carregamento por indução (Qi) está presente e suporta até 10W, o que acaba sendo mais lento do que recarregar através do cabo. O interessante é que a Samsung oferece a tecnologia de recarga reversa em seus aparelhos. Basta encostar outro telefone ou até mesmo acessórios compatíveis com o padrão Qi na traseira do Z Flip 3 para transmitir energia do seu celular ao outro aparelho.
O recurso não é muito útil para recarregar outro celular já que a bateria interna do Z Flip 3 não é tão grande e a recarga reversa é limitada a 4.5W. No entanto, essa tecnologia pode salvar alguns usuários que estão sem bateria em seus fones de ouvido sem fio, por exemplo.
Experiência Android
Como disse anteriormente, esse foi o meu primeiro contato com o Android em anos, e as coisas estão bem diferentes agora. A One UI da Samsung é bastante polida e fluída, e até então não notei quaisquer problemas de desempenho ou até mesmo aplicativos travando ao usar o Galaxy Z Flip 3.
Para ser honesto, tenho gostado muito de usar o Android. Nunca fui de me importar com customizar minha tela de início ou alterar aspectos da interface do sistema, mas talvez isso seja porque o iPhone nunca me deu essas opções. O Android me permite mover os ícones e os widgets livremente ou até alterar o visual das notificações.
Ao escolher uma imagem de fundo, o sistema dá a opção de mudar toda a interface para que as cores dos elementos combinem com o plano de fundo escolhido. É algo simples, porém que deixa a experiência do usuário diferente e mais descontraída.
A liberdade de poder instalar qualquer aplicativo e até mesmo de substituir aplicativos padrão do sistema também é tentadora. Eu posso escolher qual será o app padrão de teclado, música, galeria de fotos e qualquer outra coisa que se possa imaginar. A One UI da Samsung também tem recursos inteligentes como um atalho no teclado para colar um texto copiado de outro app.
A interface da Samsung é bastante adaptada para utilizar o celular com apenas uma mão, algo que o iOS ainda deixa a desejar. O recurso de tela sempre ativa, que exibe informações como o relógio e nível da bateria o tempo todo, também é útil em alguns momentos.
Já o sistema de multitarefas do Android está claramente à frente do iOS. Nunca imaginei que poder dividir a tela entre dois aplicativos ou até mesmo abrir uma janela flutuante seria útil em um telefone. Mas acredite, é.
Em contrapartida, consigo notar também os aspectos que me fazem gostar do iOS. A consistência entre os aplicativos é maior na plataforma da Apple. Os apps de iOS costumam seguir as mesmas regras de design, tornando a usabilidade deles bastante similar.
Em apps como Twitter e Instagram, fica claro que os desenvolvedores dão mais atenção aos aplicativos de iOS do que os apps de Android. Vídeos publicados nos Stories do Instagram para Android ainda ficam com qualidade inferior aos vídeos do iPhone – e isso é culpa do sistema e do aplicativo, não do aparelho.
Vale notar também que praticamente não existem aplicativos de terceiros que aproveitam a tela dobrável como os apps da própria Samsung fazem.
Ecossistema Samsung
Assim como a Apple, a Samsung também vem tentando criar seu próprio ecossistema de produtos e serviços. E embora a Samsung não tenha seu próprio sistema operacional para celulares e notebooks, os dispositivos da marca conversam bem entre si.
Usuários de telefones e tablets da linha Galaxy podem acessar notificações, mensagens de texto, ligações e até mesmo textos copiados diretamente de computadores com Windows através de uma ferramenta adicional.
Já no quesito acessórios, também tive a oportunidade de testar alguns da própria Samsung. O Galaxy Buds 2, fones de ouvido intra-auriculares sem fio da marca sul-coreana, se conectam ao Z Flip 3 de maneira similar aos AirPods da Apple no iPhone. Basta abrir o estojo dos fones ao lado do celular e pronto – nada de ter que ir nos ajustes de Bluetooth para emparelhá-los.
Os fones, por sinal, possuem qualidade bastante impressionante considerando a faixa de preço em que estão posicionados. O som é nítido e os graves são satisfatórios. Além disso, o cancelamento ativo de ruídos também faz um bom trabalho ao isolar barulhos externos. Minha crítica fica apenas ao modo de transparência que soa um tanto artificial.
Já o Galaxy Watch 4, o relógio inteligente da Samsung, também tem um processo de configuração bastante simplificado nos telefones da marca. É possível gerenciar o relógio através de um app que vem pré-instalado no aparelho. Por ali, o usuário encontra opções para customizar a interface e também configurar ajustes relacionados aos recursos de saúde.
Porém mais do que isso, a interação entre os telefones Galaxy e outros produtos da Samsung como máquinas de lavar e Smart TVs também é muito boa. Como minha TV é da Samsung, eu posso espelhar a imagem ao vivo dela para o meu Z Flip 3. Há ainda uma opção que automaticamente deixa a TV no mudo quando atendo uma ligação no Galaxy.
Acredito que a Apple ainda possui um ecossistema mais sólido e consistente, porém a Samsung vem chegando mais perto nesse aspecto.
Serviços da Apple no Android
Meu maior problema com o Android não foi exatamente com o Android, mas sim com o fato de que a Apple prende seus usuários em um “jardim murado”. Você pode baixar alguns dados do iCloud como contatos e emails em um telefone Android, mas isso não é exatamente fácil,
Quando se trata de fotos e arquivos do iCloud, boa sorte tentando baixá-los. A única maneira de acessá-los no Android é através da versão web do iCloud. Mas o que eu mais sinto falta nesse tempo todo com um celular Android é do iMessage.
Há uma enorme discussão sobre isso, e agora pude sentir na pele o quão ruim é não ter acesso ao iMessage em outras plataformas. Eu posso facilmente conversar com meus amigos e família através de qualquer plataforma como WhatsApp e Telegram. No entanto, contatos do iMessage ficam incomunicáveis quando estou com o Galaxy Z Flip 3 no bolso.
Isso, é claro, não é exatamente um problema para a maioria dos brasileiros, mas é preciso ter essas restrições em mente caso você atualmente seja um usuário de iOS.
A Apple vem lentamente expandindo seus serviços para outras plataformas, como é o caso do Apple Music e do Apple TV+. Mas infelizmente, a empresa ainda faz o possível para impedir que usuários de iPhone migrem para o Android. Você até pode fazer a troca, mas certamente perderá alguns dados importantes no caminho.
Outras especificações
Quando o assunto é conectividade, o Galaxy Z Flip 3 já suporta os padrões mais recentes de Wi-Fi 802.11ac e também Wi-Fi 6. Há ainda compatibilidade com Bluetooth 5.1 de baixa energia e redes 5G (que ainda são um mito no Brasil).
Por sinal, ter um telefone com porta USB-C é simplesmente incrível. Posso facilmente recarregar meu MacBook, iPad, Galaxy Z Flip 3 e acessórios da Samsung com um único cabo. Enquanto isso, o iPhone ainda continua com o datado conector Lightning.
O veredito
Eu adorei usar o Galaxy Z Flip 3. Estava tão acostumado com o iPhone que me esqueci o quão empolgante é colocar as mãos em uma tecnologia completamente nova. Mais do que isso, me diverti reaprendendo a usar o celular por conta das diferenças do Android.
Falando especificamente sobre o Galaxy Z Flip 3, ele não é exatamente um aparelho topo-de-linha apesar do preço sugerido de R$4.999. Seu destaque é dobrar. Se você procura a melhor câmera e a melhor bateria combinados em um aparelho mais resistente, esse provavelmente não é o celular para você.
Ainda não acredito que telefones dobráveis estejam prontos para todo mundo, porém o Galaxy Z Flip 3 da Samsung é certamente o aparelho que chega mais perto de ser um “dobrável para as massas”. É definitivamente o dobrável que me convenceu de que esse é um conceito interessante para os smartphones.
Os dobráveis não são exatamente uma revolução, mas assim que você usa um, você aprende a gostar deles. O futuro dos smartphones parece mais promissor agora com essa tecnologia que permite dobrar e desdobrar o aparelho.
Entusiastas que estão cansados da “mesmice” no mundo dos celulares ou que simplesmente estão em busca de um aparelho secundário que seja diferente do que já estão acostumados provavelmente vão gostar do Galaxy Z Flip 3 apesar de todos os seus poréns.
Fotos extras do Galaxy Z Flip 3
Clique aqui para conferir outras análises publicadas no iHelp BR.