Na disputa para aproveitar a maior parte possível dos smartphones com área de tela, as empresas apresentaram nos últimos anos várias soluções inusitadas. A Apple, por exemplo, optou pelo recorte no topo (o famoso “notch“) — que comporta ali a câmera TrueDepth e outros sensores.
A empresa AMS, que fornece estes componentes para a Apple, apresentou nesta semana novos sensores de luz ambiente, proximidade e infravermelho que ficam escondidos sob a tela do aparelho, de modo que sejam invisíveis ao usuário.
Como não era possível esconder esses componentes, há uma pequena porção da tela que separa os sensores responsáveis por essa tecnologia. Além disso, há também as duas câmeras frontais, alto-falante, microfone e outros sensores responsáveis pela função de brilho automático e desligamento da tela por aproximação do rosto.
Os novos sensores da AMS foram desenvolvidos para funcionar em conjunto com painéis OLED, de forma que possam ficar escondidos por baixo da tela sem que isso interfira no funcionamento. Esses sensores conseguem detectar a luz ambiente e outras informações através da própria tela do aparelho.
Embora não tenha citado a Apple, a empresa disse que a tecnologia permite que os próximos celulares tenham ainda mais espaço de tela.
Não será dessa vez, porém, que o recorte desaparecerá por completo, já que ainda não é possível esconder as câmeras por baixo da tela. Mas certamente ter alguns desses sensores ocultos possibilita que o recorte dos novos iPhones seja menor, com mais espaço no topo para a volta de informações como a porcentagem da bateria.
Já existem alguns rumores circulando na internet sobre essa mudança acontecer já nos iPhones que serão lançados no final deste ano com um novo conjunto de câmera traseira com três lentes.