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Apple anuncia o seu próprio cartão de crédito “Apple Card”

Este artigo foi publicado há mais de 4 anos. Algumas informações podem estar desatualizadas e sem validade para os dias atuais.

Mais uma vez, os rumores estavam certos. A Apple anunciou hoje (25) durante o evento especial para a imprensa o seu próprio cartão de crédito. O Apple Card, como foi batizado, oferece diversas vantagens para os consumidores como o sistema de cashback e é isento de taxas para manutenção.

Para usar o Apple Card é preciso ter um iPhone, já que todo o gerenciamento do cartão é feito por meio do aplicativo Wallet. Com a solicitação de crédito aprovada, o Apple Card já é ativado imediatamente e pode ser utilizado via Apple Pay para compras em lojas físicas com NFC ou até mesmo em lojas online que aceitam o sistema de pagamentos.

Mas a ideia do Apple Card vai além de simplesmente oferecer um cartão de crédito. O Wallet exibirá vários infográficos e outras informações úteis sobre o uso do cartão, como o nível de gasto nas últimas semanas e meses. O aplicativo também manterá o histórico de compras organizado por meio de inteligência artificial.

As compras são classificadas automaticamente em categorias como transporte, alimentação e entretenimento. Dessa forma, o usuário sempre poderá consultar o local e o momento exato em que determinada compra foi feita, além de acompanhar como o dinheiro é gasto de forma intuitiva.

O Apple Card oferece um programa de vantagens por meio de cashback. Isso significa que, a cada compra realizada com o cartão, o usuário recebe uma porcentagem de volta como crédito para usar como quiser. Compras normais feitas via Apple Pay geram 2% de cashback, enquanto compras nas lojas da Apple se convertem em 3%. O crédito fica disponível no cartão do atual Apple Pay Cash.

A Apple promete oferecer um cartão de crédito sem qualquer taxa de manutenção. Isso significa que não há mensalidade ou anuidade para ter o Apple Card. O cliente paga apenas o que consumir. O uso internacional e excedente de limite também não são cobrados. O lucro da empresa é obtido por meio de uma porcentagem pequena de cada compra feita com o cartão, além de juros por pagamento mínimo.

Por falar em juros, o Wallet exibe as tarifas de forma clara e simplificada. Até mesmo o momento de pagar a fatura foi adaptado para ser diferente do que há no mercado atualmente. Ao deslizar uma barra na tela, o usuário escolhe se irá pagar a fatura parcialmente, fazer parcelamento ou quitar todo o valor do mês em questão. Os juros aparecem na tela conforme a escolha. Há até mesmo um prazo de tolerância para atrasar o pagamento da fatura sem a cobrança de tarifas adicionais.

Essas tarifas e o cálculo do limite de crédito a ser disponibilizado são calculados em tempo real no próprio dispositivo graças aos processadores do iPhone capazes de realizar aprendizado de máquina com inteligência artificial. O celular estará sempre analisando o histórico de consumo e pagamento de cada usuário para definir se ele pode gastar mais ou menos naquele mês, além de autorizar ou recusar compras de determinado valor.

Todas essas informações são processadas localmente sem serem enviadas para a Apple ou vendidas para terceiros. A empresa não saberá quem é você, o que você consome, o local em que consome e quanto gasta. O serviço de atendimento ao consumidor será feito via iMessage e as conversas são criptografadas. A questão da privacidade foi muito abordada durante a apresentação do cartão.

Estar em um estabelecimento que não aceita Apple Pay não será um problema. A Apple emitirá também um cartão físico com chip feito em titânio e nome gravado a laser para ser utilizado nas máquinas tradicionais. Não há número ou código de segurança impresso para evitar fraudes. O Apple Card foi criado em parceria com a Goldman Sachs e MasterCard.

Inicialmente, o Apple Card estará disponível apenas nos Estados Unidos. Os interessados vão poder solicitar a análise de crédito em breve para receber o cartão ainda em 2019.

Sobre o autor

Filipe Espósito é jornalista especializado em tecnologia. Criou o iHelp BR em 2009 para compartilhar dicas sobre dispositivos Apple e hoje também utiliza o espaço para cobrir notícias de tecnologia em geral. Atualmente também é editor do site especializado 9to5Mac.